Logo pela manhã pegamos nossas mochilas, toda nossa disposição e nosso pequeno grupo saiu da pousada a pé prontos para encarrar nossa 'expedição': conhecer a maior cachoeira do Brasil, a cachoeira da Fumaça por baixo, e depois subir e conhecê-la por cima.
Existem algumas contradições quanto a altura exata da cachoeira, alguns lugares dizem 340m (e neste caso ela seria a segunda mais alta do país), mas existe também a versão de que ela tenha 380 m, e neste caso seria a mais alta.
A montagem do nosso grupo foi consequência de uma série de coincidências felizes.
O Edu, que havia me guiado na semana anterior gostaria que eu fizesse a travessia com uma guia respeitado e conceituado, e assim me indicou o João, porém o ideal seria ter mais gente no grupo para dividir melhor as despesas e principalmente o peso.
Logo apareceu o Fabian (alemão), que coincidentemente se hospedou na mesma pousada e havia recebido a indicação do João por uma amiga. Ele estava doente, mas felizmente na manhã da saída ele estava bem e optou por fazer a trilha.
O Shawn e a Andressa eu conheci na tarde anterior, ao passar pela Ecotur para negociar um passeio para a tarde de ontem, comentando dos meus planos de fazer Fumaça por Baixo eles se empolgaram e já aderiram à trupe. Ele é australiano, e ela brasileira. Um casal simpático e divertido. Foram ótimas companhias na trilha.
Subimos a cidade de Lençóis a pé, e ficamos esperando o João comprar pão para os lanches que faríamos na trilha nos próximos 3 dias.
Neste momento cada um de nós já tinha em suas mochilas um saco de mantimentos para nos alimentarmos na travessia.
Uma foto em frente a igreja para dar força na temida subida da Serra do Veneno.
Serra do Veneno
A subida é bem intensa e o que a torna bem mais pesada são nossas mochilas pesadíssimas com comida para 3 dias. Aqui já havíamos vencido uma parte considerável da subida. Ao olhar para trás pudemos ver o rio e a cidade deixados lá em baixo.
A vista de flores e de toda a imensidão deixada para trás nos dá ânimo de seguir a subida da Serra do Veneno. Quando o cansaço aperta, paramos um pouco, comemos uvas passas, bebemos água, respiramos e seguimos!
Após a subida do Veneno, temos um trecho um pouco mais plano, ou subidas alternadas com terreno plano. Mas depois de um alívio, ainda temos que encarar mais um lance de subidas chamada Serra do Veneninho.
Almoço na Toca da Onça
E enfim chegamos a Toca da Onça, onde fizemos nosso almoço, e tivemos a oportunidade de tirar uma rápida siesta, antes de continuarmos nossa jornada.
Seguimos após o almoço contornando a Serra do Boqueirão. As pernas estavam bem cansadas, mas a expectativa do nosso ponto de banho nos incentiva.
Cachoeira do Palmital
Finalmente chegamos à cachoeira preferida do nosso guia: a cachoeira do Palmital! Um verdadeiro prêmio! Perfeita para recuperar os pézinhos inchados e refrescar o corpo suado.
A medida que seguimos, agora em direção ao Vale da Capivara, a paisagem vai ficando cada vez mais deslumbrante.
Quando começa a escurecer, o João prepara nossa jantar. Momento de repor as energias.
O início da noite estava bem estrelado. Colocamos nossos sacos de dormir ao relento, sob o céu estrelado e dormimos super cedo. Ainda tive tempo de passar uma meia hora olhando as estrelas, a lua, até desmaiar completamente.
Infelizmente por volta das 2 da manhã começou a chover, tivemos que levar nossos sacos de dormir para um lugar coberto e continuamos nosso sono reparador até a manhã seguinte.
Contato do nosso super Guia
João (075) 3334 1221
Além de fazer as trilhas longas da Chapada, ele também guia outras travessia tradicionais do Brasil como Serra dos Órgãos, Serra Fina, entre outras. Sua agenda é bem cheia. Alguns grupos reservam datas com muita antecedência, portanto, vale a pena ligar para ele e verificar disponibilidade. O telefone acima é da casa dele, a irmã anota os recados e ele retorna ao voltar das trilhas.
Nesta época do ano, o valor saiu 360 por pessoa. Com menos gente o valor pode subir.
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