Serra do Macaco
Começamos o dia subindo logo de cara a Serra do Macaco. A subida é extremamente íngreme, e logo, ao olhar por um dos mirantes, vemos o encontro do Rio da Fumaça com o Rio da Capivara, ponto muito próximo ao nosso último acampamento.
Além de íngreme, o terreno é bem irregular, e mais uma vez temos que usar muito as mãos e a força dos braços. Este foi o motivo pelo qual achamos que o nome da serra era Serra do Macaco.
Mas do ponto certo da trilha vemos o vale e uma pedra que parece a cabeça de um gorila, e que inspirou o nome da Serra.
A subida toda dá aproximadamente 500 metros. Quando comentamos da travessia, esse, junto com o Veneno, é um dos pontos que assusta qualquer turista.
Quando chegamos ao topo da Serra, entramos na região chamada Gerais da Fumaça. Nesta região, predominantemente plana, encontramos uma variedade imensa de flores. O nosso guia, que costuma guiar grupos de biólogos pela Chapada, sabia o nome de todas.
No caminho paramos próximo a um poço para lanche e banho, mas nenhum de nós se animou a nadar, porque estava um pouco nublado. Na verdade o fato de estar nublado foi ótimo porque aliviou muito o esforço da temida Serra do Macaco.
Fumaça por Cima
O objetivo da nossa caminhada de hoje era atingir a Cachoeira da Fumaça, desta vez, por cima.
Mais uma vez pudemos contemplar a nossa grande dama caindo majestosa e delicadamente paredão abaixo.
Foi muito especial contemplar do alto o poço onde havíamos nadado no dia anterior.
Abaixo tiramos a foto mais tradicional dos visitantes da Fumaça, deitados contemplando a queda, já que de pé, pode dar vertigem e causar um acidente.
Fiquei sentanda contemplando emocionada o vale que percorremos no dia anterior.
Abaixo o casal mais simpático da nossa trilha. A alegria da Andressa contagiou nossa trupe.
O nosso guia pegou nossas máquinas e fotografou o ponto onde a água da cachoeira cai. Não pudemos ir junto por motivos de segurança.
Toca da Maternidade
Fomos tomar um banho nos pocinhos cujas águas vão virar a Cachoeira da Fumaça mais a frente. Foi nossa despedida das águas da Fumaça.
Essa toca tem este nome porque a 17 anos atrás uma moça deu a luz nesta toca. Nasceu uma menina que hoje tem, naturalmente, 17 anos.
Gerais da Fumaça
Nosso destino agora é o Vale do Capão. Seguimos pelos Gerais da Fumaça, região bem plana, para a felicidade da musculatura de nossas pernas.
Avistamos o vale do Capão, lugar considerado místico por seus admiradores.
A partir de um determinado ponto, começamos a descer em direção ao vale. E logo se descortina essa linda vista do Morrão. A esquerda nosso incansável guia João.
Voltando para Lençóis
Ao chegar no Capão, fomos direto para um bar, onde tomamos umas cervejinhas para comemorar o fim da nossa bem sucedida expedição.
Jantamos uma deliciosa comidinha caseira na Beli.
E depois pegamos uma van até Palmeiras. É preciso reservar a van assim que chegamos no Capão. O horario de saída da van é 20h30 (passível de algum atraso).
Ao chegar em Palmeiras, compramos nossa passagem de ônibus da Real Expresso. O ônibus sai 22h30 de Palmeiras e chega em Lençóis as 23h30.
Outra alternativa para voltar para Lençóis é contratar um transporte antecipadamente. O valor do translado sai 200,00, se o grupo for grande dilui bem o valor. Mas nossa turma preferiu a opção van+onibus.
João nos disse que outra alternativa seria dormir no Capão, e caminhar de Capão a Lençóis no dia seguinte, seriam mais 20km aproximadamente. Mas sinceramente, preferi a opção que fizemos de voltar de ônibus, estávamos muito cansados, e nada melhor que descansar e relaxar no dia seguinte.
Contato do nosso super Guia
João (075) 3334 1221
Além de fazer as trilhas longas da Chapada, ele também guia outras travessia tradicionais do Brasil como Serra dos Órgãos, Serra Fina, entre outras. Sua agenda é bem cheia. Alguns grupos reservam datas com muita antecedência, portanto, vale a pena ligar para ele e verificar disponibilidade.
O telefone acima é da casa dele, a irmã anota os recados e ele retorna ao voltar das trilhas.
Fazer a travessia no sentido Lençois-Capão ou no sentido Capão-Lençóis?
Nós fizemos no sentido Lençóis-Capão. Isso faz com que tenhamos que enfrentar a subida da Serra do Veneno com bastante peso e no último dia a subida do Macaco que é hiper-íngreme, porém, as mochilas já estão bem leves.
Mesmo tendo que encarar essas 2 super subidas, é melhor do que fazê-las como descida. No sentido Capão-Lençois, o turista vai ter que descer a Serra do Macaco com a mochila muito pesada. Essa Serra é extremamente desajeitada para descer com peso. Lembre-se que ela não é uma trilha, é um monte de pedras e raízes. Melhor subi-la do que desce-la!
A do Veneno, como descida também é uma forte detonadora de joelhos.
Portanto minha recomendação pessoal, e também a do João, é fazer Lençóis-Capão.